Bloco K: o que muda para minha empresa?

A entrega da escrituração do Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque, Bloco K do SPED Fiscal, foi prorrogada para 1º de Janeiro de 2016, conforme notícia publicada pela Receita Federal.

O que é o Bloco K?

Basicamente é a transcrição eletrônica do referido livro. Nesse Bloco K serão declaradas as entradas em estoque de produto fabricado e seus respectivos consumos de matérias primas e outros materiais, tudo interligado pelo número da Ordem de Produção. Há casos em que a empresa não utiliza Ordem de Produção, mas de alguma forma ela deverá vincular nos registros dos insumos consumidos a que produto fabricado essas saídas de estoque se referem, para que seja possível fazer a montagem dos registros para o SPED Fiscal. A periodicidade dessa declaração é de acordo com o período de apuração do ICMS ou do IPI, prevalecendo os períodos mais curtos.

Principais exigências

  • Composição do produto fabricado: Registro 0210
  • Entrada em estoque do produto fabricado: Registro K230
  • Saída do estoque dos insumos consumidos: Registro K235

Há ainda outros registros necessários: os produtos fabricados e os insumos consumidos na industrialização efetuada por terceiros (Registros K250 e K255), a movimentação interna entre mercadorias (Registro K220) e o estoque escriturado (Registro K200).

Novos desafios para as empresas

Elaborar a escrituração desse novo bloco de informações trará inúmeros desafios para as empresas a ela obrigadas. Esses desafios também serão enfrentados pelas empresas de softwares de gestão, pois muitas implementações poderão ser necessárias, exigindo um trabalho conjunto entre os analistas e os usuários.

Mas o maior desafio está nas adaptações que as empresas precisarão adotar nos processos internos de controle e de registro da produção e do estoque. Muitas práticas usualmente utilizadas terão de ser abandonadas, e outras terão de ser adotadas. Isso demanda tempo e muito empenho de todos os envolvidos nos processos das empresas.

Busque informações e comece o planejamento

Toda essa questão do Bloco K está suscitando muitas indagações e discussões, como por exemplo, a questão do sigilo industrial, as questões de alterações nas fichas técnicas dos produtos, entre outros.

Entretanto, não há como evitar a entrega das exigências, por isso é imperativo que cada empresa inicie o mais breve possível uma frente de trabalho para avaliar os impactos que o Bloco K vai gerar na gestão da produção e dos estoques e inicie o mais breve possível a implantação das medidas necessárias. Esse trabalho deve, obrigatoriamente, começar pelo entendimento do que consiste o Bloco K e quais suas regras.

O melhor caminho é ler atentamente todo o conteúdo do tópico “16 – Bloco K – Controle da Produção e do Estoque” da página “Perguntas Frequentes” do SPED Fiscal. Clique aqui para acessar.

Nesse link são esclarecidas muitas questões, bem como levantadas muitas outras questões que obrigam mudanças nos processos das empresas. Há casos, inclusive, em que cabe efetuar uma consulta diretamente à Receita Federal sobre dúvidas acerca do Bloco K, através de preenchimento de dados nesse link.

Como irá funcionar no SIGER®

Todas as operações com materiais da empresa serão registradas nos movimentos de estoque, de onde sairão os registros para o Bloco K. No SIGER®, as informações para o Bloco K serão geradas a partir da leitura desses movimentos, gravadas no módulo do Controle de Estoques. Por isso, o maior desafio está nas tratativas dos processos antes de gravar propriamente os movimentos no estoque, ao se verificar o que pode e o que não pode ser feito. Uma vez gravadas no módulo de Controle de Estoques as entradas de produto acabado e as saídas dos insumos, mantendo o vínculo entre esses movimentos por meio do número da Ordem de Produção, os registros do Bloco K serão simplesmente a leitura desses movimentos.

Pensando em facilitar esse processo, a Rech implementou a funcionalidade de Integração de Movimentos via Formulação/Estrutura, o módulo é adicional do Controle de Estoque e será responsável pelo registro da entrada do produto pronto e pela saída dos insumos. Essas informações serão utilizadas posteriormente para a geração do Bloco K. Para as indústrias de maior porte onde existe a necessidade de um controle mais completo e um número maior de recursos, que são usuárias do Módulo de Gestão Industrial, não existe a necessidade de utilização desse módulo, pois as informações para o Bloco K podem ser geradas diretamente pelo Módulo de Gestão Industrial.

Resumindo, o trabalho todo não está em gerar o Bloco K em si, mas em atender as regras do Bloco K dentro de todos os processos internos da empresa, os quais fazem o controle da produção e do estoque.

Toda a equipe da Rech está empenhada em buscar as melhores soluções para os seus clientes e parceiros, bem como está disposta a discutir as medidas necessárias para atender cada caso, podendo inclusive ser orçadas implementações para atender situações particulares.

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